citações part.2
A maior dificuldade na criação de uma linha de campeões não é conseguir criar um canário que tire o primeiro lugar, o que é difícil é criar uma linha consistente, em que todas as aves possuam as mesmas características e todas elas possam pontuar nos concursos. Para atingir este objectivo o criador deve estudar um pouco de genética. Neste Web Site também está disponível um primeiro artigo que deve ser lido sobre este tema.
De seguida apresenta-se um conjunto de informação sobre factores dominantes, recessivos e factores ligados ao sexo. Também esta informação é importante para que o criador saiba o que está a fazer e aquilo que poderá encontrar nos acasalamentos.
Factores Dominantes e Recessivos
DOMINANTE
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RECESSIVO
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Oxidação
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Diluição
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Não Pastel
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Pastel
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Não Opala
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Opala
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Não Ino
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Ino
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Não Satinet
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Satinet
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Não Marfim
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Marfim
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Não Branco
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Branco
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Intenso
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nevado
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Eumelanina Negra
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Eumelanina Castanha
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Negros Castanhos
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Castanhos
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Negros Castanhos
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Ágatas
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Negros Castanhos
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Isabelas
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Ágatas
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Isabelas
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Castanhos
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Isabelas
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Factores onde não se manifesta dominancia
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Presença de refracção
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Ausência de refracção
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Presença de Melanina
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Ausência de Melanina
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Factor Vermelho
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Factor Amarelo
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Exemplos práticos de aplicação dos factores Dominantes e Recessivos:
Regras |
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Canário Amarelo Puro x Canário Branco Recessivo = Amarelos Portadores de Branco |
C. Amarelo Portador de Branco x C. Amarelo Portador de Branco = 25% Amarelos Puros; 25% Branco Puros; 50% Amarelos Portadores de branco |
Canário Intenso(Sempre portador de Nevado) x Canário Nevado = 50% Canários Intensos (Portadores de nevado); 50% Canários Nevados * |
Canário Nevado x Canário Nevado = 100% Canários Nevados |
Alguns Exemplos com variações nos Canários Glosters
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Canário verde** x Canário Variegado*** = 100% Verdes Variegados |
Canário verde Variegado x Canário Verde Variegado = 25%Verdes; 25% Variegados; 50% Verdes Variegados |
Verde Variegado x Variegado = 50% Verdes Variegados; 50% Variegados |
Variegado x Variegado = 100% Variegados |
Canário Normal x Canário Branco (dominante) = 50% Normais; 50% Brancos (dominantes) **** |
* Não se deve acasalar 2 Canários Intensos, pois dá origem ao factor letal
** Canário verde - é um canário em que a tonalidade forte é o verde escuro
*** Variegado - Canário com diversas cores: verde escuro, verde claro, amarelo e diversos tons claros
**** Nunca se deve acasalar dois Canários Branco Dominantes, pois dá origem ao factor letal
Descrição de alguns factores ligados ao sexo:
- Factores Ligados ao Sexo Factores não Ligados ao Sexo
- Presença de Eumelanina Negra Presença de Melanina
- Diluição Ágata-Isabel Ino
- Efeito Pastel Refracção
- Marfim Branco Dominante
- Satinet Branco Recessivo
- Opala
- Intenso
- Amarelo e Vermelho
Regras Para Acasalamentos com Factores ligados ao Sexo:
- Macho Puro x Fêmea Pura = Descendentes Puros
- Macho Puro x Fêmea Normal = 50% Machos Portadores; 50% Fêmeas Puras
- Macho Portador x Fêmea Normal = 25% Machos Portadores; 25% Machos Normais; 25% Fêmeas Normais; 25% Fêmeas Puras
- Macho Normal x Fêmea Pura = 50% Machos Portadores; 50% Fêmeas Normais
- Macho Portador x Fêmea pura = 25% Machos Puros; 25% Machos Portadores; 25% Fêmeas Puras; 25% Fêmeas Normais
Exemplos
- Macho Cinnamon* x Fêmea Pura = 100% descendentes Cinnamon
- Macho Cinnamon x Fêmea Normal = 50% Machos Portadores; 50% Fêmeas Cinnamon
- Macho Portador Cinnamon x Fêmea Normal = 25% Machos Portadores; 25% Machos Normais; 25% Fêmeas Normais; 25% Fêmeas Puras
- Macho Normal x Fêmea Cinnamon = 50% Machos Portadores; 50% Fêmeas Normais
- Macho Portador Cinnamon x Fêmea Cinnamon = 25% Machos Cinnamon; 25% Machos Portadores; 25% Fêmeas Normais; 25% Fêmeas Puras
* Canário Cinnamon - Mutação Pastel ou Canela
Uma das razões mais frequentes para falhar o objectivo de criar uma boa linha de canários é a qualidade da plumagem. De forma a que o criador possa traçar como objectivo o de constituir uma boa linha e com a plumagem adequada é necessário que este compreenda e estude os tipos de penas existentes. A criação de glosters não é excepção a esta regra. Também a criação de canários Gloster deve respeitar este princípio e o facto de a maioria dos glosters existentes ser do tipo buff feather não significa que não possam e não devam ser usados pássaros com penas do tipo yellow.
Mas o que significam os termos buff feather e yellow feather ?
YELLOW FEATHER
Um canário de cor amarela não é obrigatoriamente um canário que possa ter a designação de Yellow Feather. Este termo que passaremos a designar por amarelo intensivo, é atribuído à plumagem fina, apertada, firme e de tom amarelo esverdeado intenso. O facto de este tipo de pena ser apertada não significa que é maior do que outros tipos de pena. Possui sim brilho e cor natural que se estende até aos extremos das penas. A qualidade da plumagem de “bons amarelos” deve ser de uma aparência sedosa, como que se a plumagem formasse uma unidade única e não um conjunto de penas individuais.
Este tipo de plumagem pode ser criada em qualquer raça de canários independentemente da sua cor e marcações, sendo presente em apenas um dos reprodutores. Devido à plumagem fina e apertada, os canários deste tipo podem perder em porte quando comparados com canários com pena buff. Esta é uma das razões pela qual os canários desta categoria não são muito usados em exposições mas devem ser usados nas criações para manter a qualidade da plumagem. A utilização desta característica num acasalamento com uma ave de tipo buff não produz necessariamente jovens com falta de “corpo” e postura.
No entanto, o criador deve ter em atenção de que nem todos os canários yellow feather tem uma plumagem de excelente qualidade. Muitas vezes e como última tentativa para salvar uma linha de canários de má plumagem, resultante de consecutivos acasalamentos de pássaros tipo buff, acasala-se com uma pássaro tipo yellow. Ora, as crias resultantes deste acasalamento, mesmo que yellow, têm nos seus genes as características indesejadas da linha de um dos seus país. Sendo que estas crias também não irão servir com bons resultados nas criações que se seguirem.
Pelo menos de três em três gerações deve-se utilizar um canário com este tipo de pena para não perder a qualidade da plumagem. Caso contrário começam a aparecer canários com quistos, problemas de plumagem, sem brilho, sem cor, etc...
Os pássaros com este tipo de plumagem não são a solução para a cura dos quistos das penas, são sim uma possibilidade para não deixar que uma linha de canários seja arruinada por má plumagem e pelos quistos.
Mas como poderá o criador saber qual será o bom yellow para utilizar na sua linha de canários ?
A resposta poderá ser dada em duas partes:
- Deverá apenas adquirir este tipo de pássaros de criadores que conheçam bem este tipo de plumagem e que os utilizem nas suas linhas. Existem muitos criadores com o errado tipo de plumagem, mesmo que yellow
- Qualquer pássaro yellow que tenha a cauda larga, em que nas penas não estejam juntas, firmes, apertadas, que tenha a plumagem fosca e que não corresponda as características apresentadas, não deve ser usado para criação.
BUFF FEATHER
O tipo de pena normalmente descrito como buff ou nevado tende a ser uma pena mais “mole”, suave e larga e não tem a textura e a “elegância” da plumagem intensiva. Devido à natureza macia da plumagem nevada, esta é mais delicada e mais facilmente estragada do que a plumagem intensiva. A cor, neste tipo de pena, não é tão intensa como a descrita no item anterior, nomeadamente na presença da pigmentação amarela que esta presente em todas as classes de canários Glosters com a excepção dos de fundo branco.
Neste tipo de plumagem a cor amarela não se estende até aos extremos das penas, o que origina que estas tenham um aspecto um pouco mais fosco. No entanto, os canários que tenham uma boa plumagem, embora tipo buff, também devem uma plumagem sedosa, e é quando esta característica desaparece que os problemas começam a aparecer.
Exemplos de canários com este tipo de plumagem (buff) podem surgir em qualquer raça de canários e independentemente da sua cor e características. Podem inclusivamente surgir do acasalamento de dois canários tipo yellow. Esta situação pode ocorrer visto que os canários tipo yellow possuem nas suas características genéticas os factores responsáveis por produzir o factor buff. A situação contrária nunca pode acontecer devido ao factor yellow ou intensivo ser dominante, isto é um casal de canários tipo Buff nunca produzirá um canário tipo yellow. Os canários tipo buff, devido à sua plumagem mais suave e larga, possuem uma aparência mais característica dos Glosters, i.e., definem de melhor forma o porte do canário. Esta situação origina que a grande maioria dos glosters a concurso sejam do tipo buff, assim como a grande maioria dos canaricultores possui apenas canários deste tipo.
O acasalamento de dois canários buff que tenham origem num acasalamento de yellow x buff, dá origem a canários double buffing sendo que esta pratica é aceitável e está na origem da criação de uma boa linha de glosters. O acasalamento de dois canários buff que tenham origem num acasalamento de Buff x buff, é mais do que double buffing e deve ser feito com precaução, devendo ser tido em conta o pedrigree dos canários. A continua utilização da técnica buff x buff sem a introdução do factor yellow pode arruinar uma linha de glosters. Sendo que os principais problemas devido à demasiada suavidade e “moleza” das penas é o aparecimento de quistos, problemas nas asas e na cauda ao nível da qualidade da plumagem.
OUTROS FACTORES IMPORTANTES
Para além do facto de os canários terem plumagem do tipo yellow ou buff , existem outros factores que podem afectar a textura ou a qualidade da plumagem. Plumagens variegadasou matizadas com diversas cores, em que todos os pigmentos tenham sido removidos excepto o amarelo tendem a ter uma textura muito suave do que as penas que não tenham esta característica. Assim os passarinhos que sejam variegados claros tendem a ter a plumagem excessivamente suave. A mutação Cinnamon ou canela também sofre deste tipo de problema, no entanto, as suas penas tendem a ser bem mais finas do que o normal. Apesar desta finura das penas a mutação canela não possui a mesma rigidez que as penas de um yellow.
A primeira preocupação para o início de uma boa linha de glosters deverá ser o estabelecimento de um núcleo forte de bons glosters verdes ou com 3 partes verdes escuras e intensivos amarelo esverdeados yellow. Os verdes buff ou nevados devem ser o mais próximo possível do Standard e os intensivos devem ter uma boa cor e boa plumagem e se possível curtos e redondos.
É importante que o criador saiba que poderá acasalar um buff ou nevado verde com qualquer outro tipo de pássaro, canela, branco, cinza, azul, variegado, intenso. No entanto, qualquer um destes só deverá ser acasalado com um verde buff. Os verdes buff criados a partir de yellows e buffs estão associados a boas características e podem ser acasalados com qualquer buff. As crias resultantes deste acasalamento são buffs e se mantiverem boa plumagem e cor podem acasaladas com outros buff de boa qualidade por mais uma geração. Agora nesta geração as crias devem ser acasaladas com buffs resultantes de casais buff x yellow, ou se forem canários verdes variegados directamente com intensivos amarelo esverdeados (yellow).
A escolha dos casais para a criação não é escolha fácil pois não deve restringir-se apenas ao aspecto e à beleza das aves mas principalmente ao factor genético. Todas estas considerações devem ser tidas em contas, assim como também é muito mais fácil controlar a boa qualidade da plumagem nos canários mais escuros do que nos mais claros como os variegados. Desta forma, a escolha dos casais para a época de criação deve respeitar estas regras e tentar compensar os vários factores em questão.
Uma boa alimentação é fundamental para um bom desenvolvimento das aves e da sua manutenção. A alimentação deve suprir as necessidades do organismo e permitir-lhe cumprir as suas múltiplas funções:
- Crescimento
- Formação do esqueleto
- Manutenção dos tecidos
- Produção de energia e calor
Uma correcta alimentação começa por ser baseada numa boa mistura de sementes adequada à época e limpa. Por vezes, adquiri-se mistura para canários mais barata mas que está cheia de pó e depois surgem problemas respiratórios e problemas intestinais devido à má qualidade das sementes. Para além da mistura podem ser dados alguns suplementos vitamínicos que ajudam a completar as necessidades das aves. Estes suplementos podem ser dados na água ou na papa de ovo (preferencialmente). A papa de ovo também deve ser dada de uma forma regular (dependendo da época em questão) e deve ser escolhida de acordo com a raça de canários que se está a criar.
Para uma boa alimentação devem ser respeitados alguns princípios, este artigo dedica-se a um dos aspectos importantes a incluir na dieta das aves: Os Probióticos
Os probióticos são bio-reguladores da microflora intestinal. Estes reguladores utilizam-se em todas as espécies animais, no entanto, vamos apenas descrever a sua utilização na Ornitologia.
Os Probióticos, após alguns anos de estudo, têm evoluído bastante, num curto espaço de tempo, dai o aparecimento de uma grande variedade de Lactobacilos (Acidophilus, Plantarum, Bulgaricus, etc.), que associados por exemplo aos Streptococcus thertnophius, Enterococcus faecium, possuem não só uma acção repositora, como protectora da proliferação de bactérias e fungos intestinais, prejudiciais a uma vida sadia das aves. Os probióticos são, geralmente, concentrados de bactérias normalmente existentes na flora intestinal das aves, contento também outros derivados e agregados para melhorar a sua acção terapêutica. A flora intestinal das aves contêm na sua grande maioria a bactéria Lactobacillus sp, entre outras. No mercado, existem probióticos compostos por algumas destas bactérias como :
- · Streptococcus faecium M-74
- · Bacillus subtilis
- · Saccharomyces cerevisiae
- · Lactobacillus
- · Acidophylus
Todas recomendadas para o uso em aves
Como se tratam de concentrados de bactérias integrantes do organismo animal, a sua utilização, não altera a micro-ecologia intestinal, não tendo contra-indicações nem efeitos colaterais, salvo casos de sobredosagem. Dentro da terapêutica dos probióticos podemos citar:
- Produzem ácido láctico, que diminui o PH intestinal
- Actua como antióxido de bactérias entéricas (Escherichia coli, Salmonellas sp ., etc.)
- Reduz o Stress
- Controla a diarreia e problemas digestivos
- Restabelece a flora intestinal após o uso de antibióticos
- Facilita a absorção de nutrientes
Por ser um tratamento natural é recomendável o seu uso permanente, pois ao contrário de alguns químicos, não produz habituação nem cria resistências bacterianas.
Em todas as aves o uso de probióticos deve ser administrado desde o seu primeiro dia de nascimento, sendo adicionado à papa de criação ou à de manutenção, numa base regular.
Autoria: Miguel Soares in www.glosters.net
Uma das primeiras mutações de cor que um principiante de glosters irá ver será certamente é o branco. È uma forma compacta, um emplumado denso, se os coloco com uma coroa escura, ou com uma coroa escura e com umas marcas nas asas, a beleza do gloster branco está além de comparação.
Brancos dominantes
Embora existam brancos recessivos, os poucos exemplares estão na posse de alguns criadores que se especializam em novas cores de canários.
O canário branco dominante nunca é verdadeiramente um branco puro, pois sempre exibe uma leve cor de amarelo em algum lugar das asas, e ou, no rabo. A remoção desta cor é impossível mas é possível para um perito que cria glosters fancy, onde a sua descoberta nos vai requerer mais do que um segundo olhar.
A maioria dos acasalamentos para produzir brancos é geralmente buff X branco, o parceiro branco pode ser de qualquer sexo, não pode é ser mais benéfico que o outro. O branco raramente é acasalado com um parceiro amarelo, pensa-se que o uso de amarelos aumenta o transporte da pigmentação para os brancos produzidos neste acasalamento.
Brancos claros
Se desejas produzir brancos claros, terás mais êxito usando aves que não mostram nenhuma variação. O uso do grizzle corona com coroa clara é uma vantagem neste acasalamento, mas para produzir com coroas escuras será aconselhável usar os consortes levemente marcados com coronas claros, ou consortes branco claro com coronas amarelo claro com coroa escura.
Genéticas
O modo de herança para o branco dominante é exactamente igual que para os coronas. O acasalamento de branco com amarelo claro, produz uma percentagem de 50% de cada cor que estará presente na descendência resultante. Como o branco é dominante sobre uma cor normal dois brancos nunca devem ser empregues juntos como um par de criação, porque a junção de dois factores dominantes dá 25% de filhotes que não são viáveis, por exemplo não são bastante fortes para sobreviver.
Tão atraente quanto a mutação branca dos glosters, este raramente toma o segundo lugar para o azul. O branco claro podemos compara-lo com o claro normal, enquanto o azul é uma parte correspondente do verde.
O gloster azul que exiba uma excelente forma, junto com comuns finos traços escuros num fundo azul, particularmente se é um corona que possui aquela marca de escuridão em toda a pena da coroa que acentua sua radiação, nunca falha na sua atracção. Para criar este tipo de gloster é aconselhável que não mostrem nenhum defeito, especialmente na garganta.
O gloster azul é só um pigmento do branco estando sujeito ás mesmas leis de herança, sendo sempre acasalado com parceiros de criação normais.
Genéticas
Casais para produzir azuis dominantes são:
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Acasalamentos |
Resultado |
1. |
Macho azul X Fêmea verde |
Jovem azul. Jovem verde |
2. |
Macho verde X Fêmea azul |
Jovem azul. Jovem verde |
3. |
Macho azul X Fêmea canela |
Machos azuis, portadores de canela. Fêmeas azuis. Fêmeas verdes |
4. |
Macho canela X Fêmea azul dominante |
Machos azuis, portadores de canela, Machos verdes, portadores de canela. Fêmeas fawn. Fêmeas canela. |
5. |
Macho azul, portador de canela X Fêmea canela |
Machos azuis, portadores de canela. Machos verdes, portadores de canela. Machos fawn. Machos canela. Fêmeas azuis. Fêmeas verdes. Fêmeas fawn. Fêmeas canela. |
6. |
Macho azul, portador de canela X Fêmea verde |
Machos azuis. Machos verdes. Machos azuis portadores de canela. Machos verdes, portadores de canela. Fêmeas verdes. Fêmeas fawn. Fêmeas canela. |
O sistema de avaliação por pontos é o sistema utilizado na COM (Confederação Ornitológica Mundial) para classificar a qualidade das aves que participam nas exposições.
Este sistema traduz-se na avaliação de uma ave por meio de quantificação em pontos das suas principais características. Por sua vez esta quantificação é parcelar, isto é, tem determinadas rubricas pontuadas individualmente que são correspondentes às principais características das aves.
O valor da pontuação das diferentes rubricas é diferente de acordo com as características consideradas mais importantes. No caso específico dos Glosters são as rubricas Tamanho, Cabeça ou Poupa e Corpo que têm o valor de 20 pontos cada. Em seguida a Plumagem que vale 15 pontos. Depois a Posição com o valor de 10 pontos. Finalmente as rubricas Cauda, Patas e Condição as menos importantes com o valor de 5 pontos. A soma das diferentes parcelas dão o valor da pontuação final.
Isto significa que duas aves completamente diferentes podem ter a mesma pontuação, dado que uma pode ser melhor em certas rubricas e a outra melhor nas outras rubricas.
Em todas as aves a escala é composta por uma bitola de 100 pontos. Na realidade, uma vez que na ornitologia a qualidade das aves sofre uma alteração constante, estipulou-se que uma ave boa deve ter por volta de 90 pontos e o máximo que se pode atribuir são 94 pontos para o 1º Classificado. Como tem que existir no mínimo uma diferença pontual de um ponto sempre entre 1º, 2º, 3º e quartos classificados na realidade estamos a atribuir pontos para uma bitola de 90, 91 pontos sem contarmos com os três premiados.
Ora, se na realidade estamos a atribuir 90 pontos em 100 isso significa que em cada uma das rubricas num pássaro de 90 pontos temos que retirar cerca de 10% do valor total da rubrica. No caso específico do Gloster nas rubricas Tamanho, Cabeça ou Poupa e Corpo que valem 20 pontos atribuímos para uma ave muito boa 18 pontos, 17 para uma boa, 16 para uma razoável e 15 se for má. Daí se explica o porquê de nunca se tirar 20 e eventualmente um 19 só para campeões que atinjam 93 ou 94 pontos no total.
Na mesma linha de pensamento vem a rubrica Plumagem que vale 15 pontos. Na prática 14 para uma plumagem muito boa, 13 para uma boa e 12 para uma plumagem com pequenos defeitos. Estes podem surgir sob a forma de pequenos tufos localizados, plumagem demasiado larga ou comprida, penas de galo, penas retorcidas, etc.
Este sistema permite ao criador adquirir informação acerca dos itens em que a sua ave deve ser aproveitada e quais aqueles em que necessita de ser trabalhada. Esse conhecimento será necessário na altura do acasalamento para escolhermos as aves com as características correctas para acasalar com as nossas.
O maior problema desta forma de julgamento é o tempo. Para este tipo de trabalho para ser feito com método e aplicado em rigor, só se deveriam julgar 100 a 120 aves por dia por cada juiz, o que nem sempre é possível. No entanto, permite transmissão de informação para todas as aves. É importante sabermos que as que não ganham não significa que não sejam boas para reproduzir.
Jorge Quintas - Juiz CNJ; OMJ in "O Gloster nº6"
O julgamento por comparação foi dividido e tem vindo a ser utilizado na Irlanda e na América para julgar aves aproximadamente à 150 anos.
Este sistema divide as aves em duas classes baseados no sexo, cor e idade, em relação ao canário gloster existe um mínimo de 25 classes, onde os campeões das classes são colocados juntos para decidir o campeão final. Os canários são colocados junto uns dos outros no palco onde o juiz compara a sua forma. O juiz então decide qual o melhor canário e coloca-o na frente. Este repete o processo até que tenha um vencedor total. Não são dados pontos às aves, porém são colocados em ordem do primeiro ao sétimo lugar na classe julgada. Deste modo no final da Exposição o, Melhor Gloster, Melhor Coroa, Melhor Consort, Melhor Variegado, Melhor Três Partes Escuras, Melhor Intensivo, Melhor Branco, Melhor Canela e Melhor Grizzle foram escolhidos.
Existe também em paralelo a secção dos noviços com menos de 5 anos de experiência que oferece o mesmo número de classes e prémios como na classe dos Campeões. Isto permite aos iniciantes a oportunidade de competir entre uns e outros e claro também a de vencerem o Melhor Gloster.
Os juízes devem participar e exibir no mínimo 5 anos e ao mesmo tempo têm de continuar a criar e exibir cada ano, não podem ser aceites no painel, juízes que não respeitem este pressuposto, tornando estes elegíveis a julgar. Cada Clube escolhe para a sua Exposição os seus próprios juízes e publicita os nomes destes com antecedência para que os potenciais Expositores possam saber quem vai julgar os seus glosters. As Exposições na Inglaterra e na Irlanda usualmente duram 1 dia, correndo os julgamentos entre as 9 da manhã e as 13.00, durante este tempo um juíz experiente pode julgar até 300 glosters, logo uma Exposição com 500 glosters requer geralmente 2 juízes. Em Exposições com mais de 1 juiz, estes devem decidir conjuntamente todos
os prémios e concordar com estes. É normal para o juiz permanecer na Exposição até que esta encerre, de forma a poder discutir os glosters com os Expositores que tenham questões e pretendam alguns esclarecimentos.
Os glosters na Inglaterra e na Irlanda são Expostos na gaiola verde estilo Inglês, gaiola especialmente desenhada para potenciar o gloster no seu melhor. Recentemente, Exposições pelo método de comparação são cada vez mais e mais populares na Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha e actualmente em França e Portugal, onde alguns criadores preferem este tipo de julgamento.
Na minha opinião o julgamento por comparação tem vantagens em comparação com a COM em algumas áreas chaves e isso explica o crescimento da popularidade na Europa. Primeiro julgar pelo método de comparação é muito mais rápido que o método COM que leva a muitas vantagens. Exposições podem ser mais curtas e durar apenas 1 dia, isto é, menos dispendioso para a organização que pode poupar no recinto e em Hotéis, também é melhor para os glosters uma vez que estão fora de casa num período mais curto sendo menos expostos ao stress. Para finalizar estes factores fazem com que seja mais fácil organizar uma Exposição, permitindo haver mais Exposições o que permite aos criadores maior possibilidade de expor os seus canários.
Segundo pelo método COM normalmente apenas existe 2 classes, uma para coroas e outra para consorts, isto significa que glosters Intensivos, Canelas, Grizzles, Brancos são improváveis vencedores, o que desmotiva os criadores a manter e criar estes últimos.
Também com a classificação IGBA (comparação) machos e fêmeas, adultos e novos canários são julgados separadamente, dando-lhes a possibilidade de serem julgados entre os seus. Se todos os glosters estivessem na mesma classe no standard do gloster significaria que as fêmeas adultas normalmente venceriam, não dando aos machos e aos novos uma verdadeira oportunidade de vencer. Ao haver prémios separados para Intensivos, Canelas, Brancos, Grizzles mais aves são criadas o que faz com que o gloster seja mais atractivo para todos.
A classe de noviços permite que criadores inexperientes, possam expor com outros noviços num verdadeiro meio, e podem ao mesmo tempo ver os seus glosters evoluir durante esses 5 anos, para depois competir com os campeões com maior possibilidade de êxito. Isto permite-lhes ganhar coragem e meios que com o tempo que passou para se tornarem campeões têm assim a oportunidade de ganhar experiência e melhorar os seus glosters.
Campeões também estão mais abertos a vender bons glosters aos noviços que não competem e expõem directamente com estes.
Terceiro é melhor para os juízes serem escolhidos pelos organizadores e expositores para cada Exposição, assim bons juízes serão convidados a julgar mais Exposições e fracos juízes tendem a ser menos solicitados a julgar. Pessoas que trabalham duro para organizar uma Exposição, devem estar aptos para decidir quem vai entregar os prémios uma vez que a reputação da Exposição depende dos julgamentos. Adicionalmente a regra de que todos os juízes de glosters devem criar e expor glosters ajuda a assegurar que os juízes entendem ao pormenor os detalhes do canário que estão a julgar e que estão aptos a dar uma opinião mais fundamentada. Como resultado de as Exposições serem mais curtas permite que o juiz esteja presente quando os expositores visitam a exposição e assim poderem discutir as suas aves, é tradicional na Inglaterra esperar até que o juiz termine o julgamento, e perguntar que explique o porque das suas escolhas.
Deste modo experientes e inexperientes criadores podem aprender muito sobre o que é importante num Gloster Campeão e receber conselhos em como podem melhorar os seus canários. A maior diferença com o método COM é não ser julgado por pontos, o que torna este tipo de julgamento superior em relação ao método por comparação que permite que cada ave seja julgada isoladamente em relação ao standard e recebe uma pontuação num total de 100 pontos. Na realidade o julgamento COM é andar à volta das gaiolas e seleccionar o canário que pensamos ser o melhor e dar-lhe 92/93 pontos. Coloca-se numa mesa e depois compara-se com os outros canários expostos para pontuar de acordo. O juiz tem de preencher a ficha individual por pontos, primeiro que seja premiado com o total.
Se visitar o Campeonato Mundial pode ver 800 glosters, desde excelentes especímenes até fracos glosters a nível de qualidade, nenhuma ave recebe mais do que 93 pontos e nenhum menos do que 87 pontos. Por causa desta limitação pontual muitas aves são premiadas com 90 pontos, quando são diferentes em qualidade, e seus criadores podem não ser avisados sobre qual o standard actual dos seus glosters.
Também é pouco provável que o juiz fique só pelos glosters, mas instantaneamente pega noutro tipo de canário, seja Norwich, Borders, ou Yorkshires, pode não saber que o standard do gloster hoje é difícil de traduzir ao bidimensional e a palavras em três dimensões.
O facto do julgamento ser mais lento, significa que a ave pode ter sido julgada 2 a 3 dias antes da Exposição ser aberta aos criadores e visitantes, durante este tempo a ave pode mudar drasticamente e o criador pode não estar aberto a entender porque razão o vencedor foi escolhido.
Isto é ainda pior quando o juiz como normalmente, deixou o recinto da Exposição e logo não é disponível para explicar as suas decisões. Adicionalmente gaiolas brancas e largas são inapropriadas para julgar glosters, o que faz com que a cor destes pareça pior e torne difícil julgar, principalmente o tamanho, o que torna difícil mais uma vez explicar a razão de certa ave ser vencedora.
Em conclusão enquanto eu admiro alguns aspectos do método COM, principalmente a anilha fechada e a organização das suas Exposições, sinto que o método por comparação é o melhor método de julgamento para os criadores de gloster e suas aves.
O método por comparação dá ao criador maior número de oportunidades de aprender sobre as suas aves e logo melhorar estas, tal como permite expor um largo leque de cores. Gostava de convidar os criadores de glosters em Portugal a organizarem “One day Shows” em diferentes regiões pelo método de comparação de forma a competirem mais, aprenderem mais sobre as suas aves, de forma a fazerem com maior rapidez progressos na criação do fantástico canário que é o gloster!
Rob and Ian Wright Juízes I.G.B.A. in "O Gloster nº6"
Em condições de humidade e temperatura adequadas, cada grão concentra no processo de germinação todos os nutrientes, aumentando de forma muito significativa o teor de vitaminas, minerais e proteínas inicialmente presentes, com a finalidade de viabilizar a nova planta em formação.
As sementes germinadas têm assim um elevado valor energético, além disso facilitam as reacções metabólicas, estimulam as defesas imunitárias, são mais tenras e mais facilmente digeríveis. Sendo particularmente apreciadas pelas nossas aves, podem constituir-se como uma importante ajuda, sobretudo nos períodos de reprodução e muda.
As sementes para germinar são comercializadas em mistura específica e sob diversas marcas, tendo regra geral a semente de nabo como principal componente. No entanto e consoante a época, podemos adicionar outras sementes, como a quinoa, a luzerna e a perrilha (particularmente ricas em vitaminas, minerais e aminoácidos).
Existem à venda dispositivos para a germinação de sementes, que embora caros têm a vantagem de ser práticos. Podem também usar-se fundos de garrafão de água mineral, perfurando-se os destinados a escorrer as sementes.
Tal como nas restantes tarefas, existem metodologias diversas, adoptando cada criador as que prefere. A forma que descrevo é aquela que tenho utilizado e com a qual tenho obtido bons resultados. Coloco as sementes a demolhar durante cerca de 12 horas, tendo adicionado à água anti-fúngico, (utilizo o Mould Master da Avizoon, na proporção de 5 ml por litro de água, ou na sua ausência, sumo de limão ou vinagre em quantidades ligeiramente superiores).
Após este período passo as sementes por água limpa e coloco-as no escorredor, que tapo com a finalidade de manter a humidade, durante 24 horas com o tempo quente, ou durante 48 com o tempo frio. A temperatura mais elevada acelera o processo de germinação.
Para além destes períodos, o germinado perde em nutrientes e ganha em matéria verde, sendo esta verdura também apreciada pelos canários. Durante o processo de germinação passo as sementes por água limpa de doze em doze horas. Terminado o período de germinação, volto a colocar as sementes germinadas em água com anti-fúngico durante cerca de 20 minutos após o que, passo por água limpa escorro bem e seco ligeiramente, espalhando o germinado sobre papel absorvente.
Sendo este processo relativamente trabalhoso, opto por germinar as sementes, uma ou duas vezes por semana, e guardo-as no frigorífico em caixa fechada, retirando posteriormente a quantidade necessária a cada utilização.
As sementes germinadas podem ser fornecidas directamente ou misturadas na papa seca. Normalmente utilizo-as para humedecer a papa, não sem antes ter adicionado os complementos alimentares, (complexos vitamínicos, minerais, proteínas, aminoácidos, probióticos, etc.) de acordo com época em questão.
Durante os períodos de criação e muda, forneço a mistura de papa com germinado diariamente, adiciono ainda algumas sementes secas, como o níger, na criação, ou a linhaça e sementes das misturas comercializadas para lugres e pintassilgos durante a muda. Utilizo também nestes períodos, com regularidade algas marinhas em pó.
Sendo a papa que forneço bastante rica, uso (durante todo o ano) uma mistura de sementes bastante fraca, composta por alpista e mistura light em partes iguais. Utilizo também como protectores hepáticos a colina e o sorbitol, ambos uma vez por semana nos períodos em que forneço papa diariamente.
O processo de germinação e a papa demasiado húmida envolvem riscos, na medida em que são meios favoráveis ao desenvolvimento de fungos (normalmente cândida albicans), sobretudo em locais com temperatura elevada.
Assim há que ter cuidados particulares, no que se refere à germinação das sementes o anti-fúngico é indispensável, relativamente á papa, esta deve ser fornecida com um teor de humidade o mais baixo possível.
No entanto se algo correr, mal a nistatina na dose de 3 gotas por 50 ml de água é particularmente eficaz no combate à candidiose.
Utilizo as sementes germinadas à vários anos e mesmo sendo o meu canaril particularmente quente durante a época da muda, nunca tive problemas de origem fúngica, apesar de deixar papa com germinado de um dia para o outro.
Apesar dos riscos e do tempo dispendido na sua preparação, tenho como adquirido que, a utilização das sementes germinadas é dos factores mais importantes, no sucesso das criações e no desenvolvimento dos filhotes.
INTRODUÇÃO: Este artigo foi escrito com base na minha experiência como criador, nos conhecimentos transmitidos por criadores mais experientes, na leitura de revistas ornitológicas, em pesquisas que efectuei na internet, meio onde consegui recolher a grande parte do conteúdo.
OBJECTIVO: Este artigo não foi escrito para ter um valor científico, apenas se apresenta superficialmente a doença como é vivida na prática, porque não foi essa a pretensão e nem esse o objectivo. O objectivo é no sentido de alertar todos os sócios do nosso clube para a importância de vacinar as suas aves e acima de tudo sensibilizar a nossa direcção para que seja o primeiro Clube em Portugal a ter um programa de vacinação da Varíola.
TRANSMISSORES/CAUSAS: Não se sabe quais os animais que possam transmitir a doença aos nossos canários. Pensa-se que sejam os insectos, como os mosquitos, as melgas, mas também podem ser os ratos. Um veículo transmissor pode também ser o ar. O que é certo é que o vírus penetra no corpo da ave, através de uma ferida, picadela, bicada, etc.
Por estas razões a varíola aparece sobretudo durante a muda, pois é quando as aves estão mais cansadas e as partes do corpo desnudadas sendo um terreno favorável às feridas cutâneas, por onde penetra o vírus ou em canaris onde exista falta de higiene, pouca ventilação, excesso de população, má nutrição, aves já doentes ou infectadas.
Existe também os chamados “portadores”, são aqueles que propagam a doença contagiosa sem serem atingidos, daí ser importante a quarentena. A quarentena consiste em isolar a ave adquirida num local diferente do local de criação, cerca de 2 a 3 semanas. Se a utilidade da quarentena não é discutível porque é válida para todas as doenças, não há dúvida que o melhor meio de prevenção das epidemias da varíola é a vacinação.
SINAIS/SINTOMAS: A varíola manifesta-se de duas maneiras: Cutânea e diftérica.
Forma cutânea quando aparecem botões ou pústulas á volta dos olhos, bico e patas. Estas pústulas contém um líquido purulento que contém os micróbios. Á volta dos olhos estas pústulas podem supurar dando origem a uma conjuntivite e consequente perda da visão.
Forma diftérica a forma mais grave. Não aparecem lesões cutâneas, mas lesões internas. O diagnóstico desta mortalidade relativamente rápida não se pode fazer a não ser por autópsia, e só muito dificilmente se pode fazer através da observação de pústulas no interior do bico e da garganta das aves.
VACINAÇÃO: A única forma de salvação mesmo num canaril atingido é a vacinação.
A vacina é condicionada em pequenos frascos com uma dose para 50 canários mas dá perfeitamente para cerca de 200 canários.
A vacina deve ser guardada até á sua utilização no frigorifico. Deve ser efectuada a vacinação em Setembro “ fim da muda” em Portugal. Tanto os adultos como os jovens devem ser vacinados. É difícil vacinar as aves sozinho, deve-se pedir ajuda de um amigo para segurar os canários. Para preparar a vacina mistura-se os dois frascos, um contém pó (vírus liofilizado), e o outro o solvente: vira-se o líquido no frasco que contém o pó, agita-se até que o pó fique muito bem solvido no líquido. Para vacinar utiliza-se agulhas intra-cranianas, com 5/10 de milímetro de diâmetro e 16 milímetros de comprimento.
Vacina-se segurando o canário de ventre para cima (pernas para cima), abre-se a asa do canário, estendendo-a, sopra-se ficando a descoberto a membrana alar.
Molha-se a agulha na vacina, pica-se a membrana perpendicularmente, tendo o cuidado de não tocar as penas, para que a mini-gota não fique nas penas, não picando evidentemente nenhum osso ou músculo. Todas as aves no canaril têm que ser vacinadas no mesmo dia e é necessário fazer um período de quarenta, ou seja, não pode sair nem entrar no canaril nenhuma ave durante duas semanas, após a vacinação.
VACINA: A vacina antivariolíca que se utiliza para os canários contém o vírus da varíola do canário de virulência atenuada por 400 passagens sobre culturas de tecidos: fibroblastos de galinha. Esta vacina protege durante um ano. O que é importante do ponto de vista prático é que as vacinas são totalmente inofensivas. Mas elas dão origem nos organismos às mesmas reacções que oferecia a doença grave. Por outro lado, uma ave atacada de varíola se conseguir debelar a doença sem necessidade de vacinação fica imunizada para sempre. Por fim uma ave vacinada não apresenta nenhum perigo se ela é introduzida num canaril aonde os animais não estão vacinados, passando o período de quarentena de duas semanas.
A vacina para varíola dos canários é a Poulvac P Canary 50 doses, o problema infelizmente é que não está disponível no nosso país, tendo conseguido apenas com ajuda de amigos que adquirem no estrangeiro.
CONCLUSÃO/REFLEXÃO: A varíola, flagelo actual dos canaricultores, pode ser combatida por todos nós, espero que com este artigo tenha ajudado a todos a reflectir sobre esta doença terrível e termino o artigo conforme comecei, peço a especial atenção à nossa direcção para a questão, pois derivado a logística, só seria possível com a sua envolvência, conseguir ter a vacina à disposição de todos os associados para assim muitos de nós nunca chegarem a conhecer esta odiosa doença.
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